Manezim de Raimundo
Agora vou
contar,
História do Cangola,
E do Manezim
de Raimundo,
Não posso
deixar de falar.
Manoel
Francisco Martins,
Foi o nome
que sua mãe lhe deu,
Mas foi como
Manezim de Raimundo,
Que sua fama
correu.
Nego
respeitado neste Buqueirão,
Trabalhador
igual a ele,
Só sendo do
sertão.
Toda sua
história,
Que estou
aqui a contar,
Puder saber,
Quando fui
questionar,
A origem de
suas terras,
Terras do
Cangola.
Terra de
Santo?
Terra de Preto?
Ou um Quilombo?
Até agora
estou sem saber,
Mas
homenagem aos seus ancestrais,
Alguém quis
fazer,
Batizando a
terra com tal nome,
Cangola
volto a dizer,
Tinha ele
seu engenho,
Para cana
caiana preparar,
E assim a
rapadura,
Para se
alimentar.
Casa de
farinha ele tinha,
Nos
primórdios do Cangola,
Coisa que
não existe mais,
E em ruína
veio a se transformar.
Tinha também
seu gadinho,
Para o leite
tirar,
E não era
mão fechada,
Pois em
festa de São João,
Não se
preocupava,
Em um deles
matar.
Plantava
ainda nestas terras,
Milho, arroz
e feijão,
Algodão também
fazia parte,
De sua
plantação.
Cabra que
não amolava enxada,
Enxada para
trabalhar,
Seu negócio
era na força,
Só se via
terra voar,
Juntamente
com o mato,
Nas terras
do Cangola.
Não podemos
esquecer,
Sua arte no
caçar,
Pela fase da
lua,
Ela ia se aventurar,
Nas noites
escuras,
Entre as
matas,
A procura de
tamanduá,
Noites
escuras,
Entre as
matas,
Nas terras
do Cangola.
A morte veio
ao seu encontro,
Sem nem
mesmo avisar,
Morreu ali
mesmo,
Sob uma
árvore,
Nas terras
do Cangola.
Sebastião Laranjeiras – BA, 01 de dezembro de 2012.
Marcelo de Sousa Santos.
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