O que realmente pode ser feito da utilização de novas
tecnologias no processo educativo? Como usar tais meios tecnológicos de
aprendizagem de forma interativa? O que é interatividade? Que papel desempenha
o professor nesse novo contexto educacional?
É notório, em algumas escolas, a presença de ferramentas
tecnológicas para fins educativos, porém não basta apenas coloca-los a disposição
de professores e alunos é necessário que haja um estudo para que seja criada
uma nova metodologia de ensino visando à preparação dos mesmos para utilizá-las
e adequação a nova realidade que a instituição será inserida conjuntamente,
professores, alunos, pais e direção.
Caso não ocorra o exposto no parágrafo anterior poderá
haver perda de dinheiro e tempo e continuarmos tendo cidadãos que saem da
escola sem nenhuma preparação ou noção de tecnologia educativa que serviria de
base para o entendimento das técnicas necessárias para próximos níveis de
ensino, ou mesmo o sucateamento de tais ferramentas sendo mal executadas.
Além disso, devemos nos preocupar em saber se está
havendo interatividade dentro do ensino por meios tecnológicos, ou seja, respostas
ou reflexão do que está sendo transmitido. Ressaltamos, neste contexto, que há
possibilidade de interação sem tecnologias dependendo assim do desempenho do
professor, porém será um retrocesso não adotar tais tecnologias, porque temos
hoje uma geração que desde cedo já tem acesso a mídias sendo a não utilização
de tais itens algo fora da realidade da geração citada.
Dentro desse novo panorama é necessário repensar o papel
do educador que deixa de ser transmissor ou detentor do conhecimento e passa a
ser um mediador, ou seja, apenas acompanha e orienta seus alunos no sentido de
discutir propostas temáticas e esclarecer assuntos que fazem parte do cronograma
do curso em andamento fazendo com que tiremos das salas de aula o que Paulo
Freire chama de “deposito bancário”, levando os mesmo a uma visão crítica
usando a epistemologia.
Com isso estamos inserindo nossas escolas em um contexto
universal de ensino onde podemos trocar idéias com pessoas de outros lugares ou
país; o conhecimento não fica restrito visto que com acesso a internet podemos
obter várias fontes para variados assuntos para que assim possamos formar nossa
opinião, nosso ponto de vista em relação a interação entre fontes.
O Estado é peça fundamental dentro desse processo de
inclusão tecnológica nas escolas e de formular novos métodos de ensino, já
temos alguns exemplos de sua participação nesse segmento, à presença de
computadores em algumas escolas e a disponibilização dos mesmos em bibliotecas
públicas, sabemos que ainda não é o suficiente para atender a demanda e sabemos
também da burocracia que ainda existe para aquisição de tais bens tendo que
atender a vários regulamentos que só fazem com que demore ainda mais tal
objetivo, isso quando não deparamos com casos de corrupção ou desvio de verba.
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