domingo, 2 de dezembro de 2012

Túmulo Azul


Túmulo Azul



Túmulo azul,
Por que não estás entre os outros?
Por que tão sozinho?
O que fizestes para tal castigo?
Olho para ti,
E fico a imaginar,
Por que fora desses muros você foi parar.
Terá sido a maldita bexiga?
Morena disse que sim,
Nos tempos em que castigava,
Pessoas por aqui.
Contra ela não havia cura,
E viviam a penar,
Pessoas que a contraiam,
Até o dia da morte “a levar”.
Fico triste por vê-lo aqui,
Aqui fora desses muros,
Um túmulo a ruir.
Sua ruína agora,
Faz parte da história,
Do povo que vive por aqui.
Por você pude saber,
Que houve um tempo em que morrer,
Para entrar morto no cemitério,
Tinham que saber por que.
O porquê do seu fim,
Pois temiam que seu mal,
Eles pudessem contrair.
Muito tempo se passou,
E você continua aqui,
Faz parte dessa praça,
Mesmo estando a ruir.
Talvez logo,
Não o verei mais,
Assim como os demais,
Que não vejo por aqui,
Porque sobre eles outros tiveram que dormir.
Por mim você seria preservado,
Mas isso não posso garantir,
Devido ao costume,
De se apagar a história por aqui.


Sebastião Laranjeiras – BA, 01 de dezembro de 2012.
Marcelo de Sousa Santos.



















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